sexta-feira, 28 de julho de 2023

Agradeço

 Há paz

Tamanha

Não importa as vozes mesquinhas sussurradas entre os entrelaços

A presença é conforto, o abraço morno que embala o sono

Não existe perfeição, e agradeço

O bom que se faz melhor

Enfim

Em mim

sábado, 8 de julho de 2023

Esperando

A cama tem cheiro e o frio é ausência 

Eu não sei como me sinto

sábado, 3 de junho de 2023

pega a burra

Achei que sinceramente não entraria em apaixonamento novamente, que amores tranquilos surgiriam e embalariam noites silenciosas de contentamento: resignada em ser-não-ser. A tensão elétrica difusa que percorre o corpo, hora em frio hora em calor, me preocupa sobre minha fértil imaginação. Algo em mim pede abraço, os olhos tateiam cegos entre os colos disponíveis? Percebo movimentos involuntários que nunca antes houveram, mas estarei eu conduzindo os fios do meu eu-marionete? Há projeção, sem dúvidas, em múltiplas referências. O quão inexperiente posso me considerar diante das unicidades eternas? Das vontades: um relutante teatro. Até quando? Talvez para sempre, escuto em ecos. E nunca o desejo do erro foi tão quisto, o desejo da falha da falha. Que uma vez as premonições não sejam autorrealizatórias.

sexta-feira, 2 de junho de 2023

As mentiras contadas a si são o pior veneno

Energia em arroubos

Pique-esconde solitário

Desejar é fraqueza?

O querer, tão querer, quase morrer

A máscara pesa, coça, novamente

O medo da falta ser mais falta

Ranger de dentes, pois há sede de mordida

quinta-feira, 1 de junho de 2023

eu xausta

Cansaço não é suficiente para descrever o molde negativo que me tornei

Do que foi ação ou resposta, será que importa?

Me vejo diante da multiplicidade de verdades, estagnada.
Um dia de cada vez, respiro. Um passo de cada vez, reflito.

Lançar-me como fúria e desejo; inconsequente.
Provar-me estrategista do mais longo jogo já vivido.

O que desejo? O que a mim mereço?
E o que fazer para não ser apenas mais um insustentável delírio?

Não há amor, mas há vontade de amar.
Não sei o que é amor, mas há vontade de descobrir.
Falta ânimo.

quarta-feira, 31 de maio de 2023

em-baralho

 Das reflexões que fazemos sobre a vida e como conceitos singularmente se moldam às nossas experiências, me vejo outra vez encarando o amor e meus simbolismos:

De copas o desejo permanece.
Abnegação em espadas se justifica.
A concretude de paus nomeada em ações.
Por fim a reciprocidade em ouros.

terça-feira, 30 de maio de 2023

dear stranger

esse vazio que sou

nesse lugar que não ocupo

será que algo há?


não sinto otimismo ou verdade além das ilusões difusas que flutuam
os risos e silogismos puro reflexo em negra janela
quanta decepção existe na ausência?


medo ou inocência, vamos lá mais uma queimadura levar

Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
eXTReMe Tracker