sábado, 7 de julho de 2007

04/07/07

Dia vai... dia vem... Penso nas coisas que virão, sem pressa, nas coisas que foram, sem ressentimentos, nas coisas que estão acontecendo...

Ainda não acredito que tudo que senti passou; era bom, mesmo com os pesares. Foi rápido, embora sete meses sejam bastante tempo.
Ainda não acredito que já não sinto diferença entre sua presença e a de outro amigo; o bem-estar que disfarçava a exaltação e o êxtase foi substituído por uma indiferença, representando a agradável companhia, que nem sempre é a melhor, mas muito bem vinda, como qualquer amigo...
Ainda não acredito que o abraço tenha perdido o significado de aproximação e tenha ganhado o simples sentido de demonstração de carinho, que já não passe arrepios, que já não seja ora apressado ora demorado, que já não seja o melhor...
Ainda não acredito que o beijo não passa de um gesto, que tenha deixado de ser meu sentimento oculto tocando sua face...
Ainda não acredito na pulsação regular e na respiração continua.
Ainda não acredito que, amigo, você não passe disso.
Ao lembrar de sonhos e insinuações tudo fica surreal, é como se tivesse sido uma droga, cujo o efeito passou e sinto o amargo da realidade invadindo-me. É como uma droga: ilícito-platônica; é como se não tivesse esquecido da vida, mas houvesse fugido da verdade. Acordei.
Agora a realidade amarga.
Porque antes os sonhos diziam que você seria meu.
Quando não há sonhos. E o objetivo não foi alcançado.
A realidade é amarga.
Meu carinho pede sua felicidade, minha consciência, ressentida, diz que você a perdeu.
Mas agora não deixará de ser tarde.
Com licença, tenho que dormir.
Sonhar, talvez. Contigo, duvido.
Até amanhã.

Beijos sem paixão
Abraços de cortesia


by Sofia di Luna

sexta-feira, 6 de julho de 2007

19/04/07

Falar da dor, dói mais. Falando do amor, ama-se mais ou enjoa-se. E é isso que eu quero que ocorra.


Nós sabemos que eu gosto de você... Eu não deixei isso em segredo para contigo, mas sempre que existe outro em nosso meio finjo espetacularmente que nada sinto além de amizade. Talvez você não entenda porque faço isso porém não lhe explicarei aqui, onde você nunca porá os olhos a não ser que algo desastroso aconteça.
Eu estou tentando fingir que gosto de outro, com sucesso para quem quer que esteja relacionado, mas é tão difícil se enganar desse jeito. Cada vez que estou com ele só consigo pensar que não é da mesma forma de quando estou com você. Não posso me perder naqueles belos olhos do jeito que mergulho numa rápida olhadela nos seus. Não sinto um frio engraçado, como quando nos encostamos ou falo algo errado.
Gostaria de poder ir para algum lugar longe o bastante, onde meu pensamento não conseguisse te alcançar, mas nem o Japão ou Plutão seriam suficientes. Para lembrar de você minha mente toma a velocidade da luz como nanômetro, e faz dos centímetros que nos separam um quilômetro.
Eu tento fingir que não sei.
E Tento fugir.
Tento não sentir.
Se de tentativas faz-se vitórias, onde estão minhas glórias?
Tudo que consegui foi te amar e me frustrar.
Mais e mais
Ao menos as lagrimas que derramo não são por você.
Você gosta de outra e está com uma terceira, eu sei... Por mais que você negue, e nega. Toda a situação só faz afastar-me e por perversidade do acaso: lembrar-me. Só de pensar que quase consegui te ter só como amigo... Foram poucos dias de ilusão, ao te ver me vi perdida entre dois abismos, um mais profundo que o outro.
Sei que vou ficar em cima do muro por muito tempo, porém o tempo é relativo e espero que isso me ajude. Quem sabe eu crie asas e voe pra longe, me apaixonando por um bicudo qualquer, sofrendo um pouco menos que dessa vez... Ou por um anjo que me ensine onde fica o céu.

Agora encerro, embora com muito à dizer.
Você não entenderia mesmo...
by Sofia di Luna

Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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