quinta-feira, 16 de julho de 2015

De "História Sem Graça"


Eu enxerguei em histórias sem graça a poesia composta por dores da rotina, declaradas como se não incomodassem. Vi emoções e sentimentos suprimidos enfim confidenciados.

A ponta do iceberg que emerge da própria noção de normalidade, exposta, enfim, tanto pelo anonimato quanto pelo tom usado – o descaso – como se não existisse tal angústia ou a vergonha intrínseca, que sente, por ser quem é.

Tão humanos; tão belos, com tanta graça...



"as vezes eu finjo que sou atriz e fico criando cenas com pessoas imagináveis e móveis do quarto"

"sempre converso com uma menininha com a qual eu namoro mas ela não sabe, ela mora muito longe então só nos falamos pelo whatsapp, hoje não falei com ela pois ela saiu, fiquei o dia todo sem falar com ninguém"

"disse a mim mesmo que hoje eu iria estudar o dia todo, mas não estudei nada. depois disse a mim que iria dormir cedo pra estudar muito amanhã, mas já é muito tarde. acho que não vou estudar amanhã de novo."

"sou chocólatra mas tenho preguiça de comprar chocolate, então compro em grandes quantidades mas como tudo de uma vez."



Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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