quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

vamos brincar?


Será que é hora de pararmos a dança?
Sem mais pega-pega, pique-esconde e passa anel.
Vamos mudar as regras um pouco,
chegar às respostas antes que acabe o recreio.

Vamos brincar?
Uma garrafa, dois copos, três, já!





segunda-feira, 9 de novembro de 2015

tua culpa que é minha


as respostas que procuro não são certezas ou compromissos
são as verdades não ditas que pairam entre nós
preciso confirmar o passado para seguir em frente
dar passos firmes sobre o que constituiu essa história mal contada

diga-me o que escondes
mostra-me o que desconheço
reassegura-me que te deixarei livre dos meus sentimentos

é o medo que me prende a ti
peço: liberta-nos!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Frases soltas dispostas em um paragráfo.


Então desisto antes mesmo de começar, porque o cansaço, o desgaste, falam mais alto que a aventura.
E o medo.
Vou me recolher em resignação; em posição fetal me cubro com mentiras reconfortantes.
Eu minto para sobreviver, minto aos outros e a mim.
Entenda que meu sorriso é um escudo e quanto maior: melhor me escondo por trás dele.


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

os baixos

Das sensações de dormência que nunca somem.
Das lágrimas que secam antes de brotar.
De tudo que se verte em cansaço.
Os ciclos de nada, os momentos de vazio...
Sou a mesma, sou.
Outra, mas a mesma.

Que o frio que envolve suma no brilho do meu sol...

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

sou a mesma?

sinto o mesmo?

serão ciclos?

nada muda?

EU não mudo?

sábado, 29 de agosto de 2015


Travessias impossíveis de linhas imaginárias,
Motivos vários:
Medo e conforto.
Falta de vontade de ir ao outro lado.
Não há linha a ser atravessada.

Ou, Algumas coisas apenas são.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

De "História Sem Graça"


Eu enxerguei em histórias sem graça a poesia composta por dores da rotina, declaradas como se não incomodassem. Vi emoções e sentimentos suprimidos enfim confidenciados.

A ponta do iceberg que emerge da própria noção de normalidade, exposta, enfim, tanto pelo anonimato quanto pelo tom usado – o descaso – como se não existisse tal angústia ou a vergonha intrínseca, que sente, por ser quem é.

Tão humanos; tão belos, com tanta graça...



"as vezes eu finjo que sou atriz e fico criando cenas com pessoas imagináveis e móveis do quarto"

"sempre converso com uma menininha com a qual eu namoro mas ela não sabe, ela mora muito longe então só nos falamos pelo whatsapp, hoje não falei com ela pois ela saiu, fiquei o dia todo sem falar com ninguém"

"disse a mim mesmo que hoje eu iria estudar o dia todo, mas não estudei nada. depois disse a mim que iria dormir cedo pra estudar muito amanhã, mas já é muito tarde. acho que não vou estudar amanhã de novo."

"sou chocólatra mas tenho preguiça de comprar chocolate, então compro em grandes quantidades mas como tudo de uma vez."



sábado, 11 de abril de 2015

um sorriso bobo

Trago no rosto esse sorriso, de quem se conforma com nada. 
Sorriso leve de quem nem perde, nem ganha - desistiu e apenas se propõe a ser feliz. Sozinha.
O sorriso bobo de quem está feliz com sua própria companhia.
Ou melhor, o sorriso de quem se propõe a ficar longe de você. Feliz.

sábado, 4 de abril de 2015

a sinceridade de uma conversa sem o outro

A melhor conversa que tivemos.

De minha parte - paredes são testemunhas - palavras agridoces, almiscaradas e rijas foram embaladas por lágrimas. Tristeza fazendo-se carvão, alimentando a raiva enquanto transformava-se em cinzas para a brisa levar.
Levou também as palavras, que foram curtidas por anos: hora por amor, hora por ressentimento.
Dei vazão aquilo que precisava ser dito, o necessário à sanidade e nada mais - no tênue limite entre dor e loucura.

E teus ouvidos ficaram tão agradecidos, bem sei. Não me dirás, mas foi melhor o silêncio; exaures-te tão fácil.
Palavras ditas que não foram ouvidas, para alegria da boca minha e alívio dos ouvidos teus.
Regojizas, terás tanto silêncio quanto desejar.
Será meu presente, dedicado pelo amor que ainda sigo a cultivar.

sábado, 24 de janeiro de 2015

em silêncio

    A garganta em nós para que não escapem por ali
   os gritos que se vertem em lágrimas.
   Ecoa no vazio do peito, retumba na cabeça,
   tudo que não pode ser dito em voz - para vós.
   E tal plumas cada pedaço meu chega ao chão,
   não incomodando ninguém; a brisa uma hora vai me levar.

Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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