Eu enxerguei em histórias sem graça a poesia composta por dores da rotina, declaradas como se não incomodassem. Vi emoções e sentimentos
suprimidos enfim confidenciados.
A ponta do iceberg que emerge da própria noção de normalidade,
exposta, enfim, tanto pelo anonimato quanto pelo tom usado – o descaso – como
se não existisse tal angústia ou a vergonha intrínseca, que sente, por ser quem
é.
Tão humanos; tão belos, com tanta graça...
"as vezes eu finjo que sou atriz e fico criando cenas com pessoas imagináveis e móveis do quarto"
"sempre converso com uma menininha com a qual eu namoro mas ela não sabe, ela mora muito longe então só nos falamos pelo whatsapp, hoje não falei com ela pois ela saiu, fiquei o dia todo sem falar com ninguém"
"disse a mim mesmo que hoje eu iria estudar o dia todo, mas não estudei nada. depois disse a mim que iria dormir cedo pra estudar muito amanhã, mas já é muito tarde. acho que não vou estudar amanhã de novo."
"sou chocólatra mas tenho preguiça de comprar chocolate, então compro em grandes quantidades mas como tudo de uma vez."
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