sábado, 4 de abril de 2015

a sinceridade de uma conversa sem o outro

A melhor conversa que tivemos.

De minha parte - paredes são testemunhas - palavras agridoces, almiscaradas e rijas foram embaladas por lágrimas. Tristeza fazendo-se carvão, alimentando a raiva enquanto transformava-se em cinzas para a brisa levar.
Levou também as palavras, que foram curtidas por anos: hora por amor, hora por ressentimento.
Dei vazão aquilo que precisava ser dito, o necessário à sanidade e nada mais - no tênue limite entre dor e loucura.

E teus ouvidos ficaram tão agradecidos, bem sei. Não me dirás, mas foi melhor o silêncio; exaures-te tão fácil.
Palavras ditas que não foram ouvidas, para alegria da boca minha e alívio dos ouvidos teus.
Regojizas, terás tanto silêncio quanto desejar.
Será meu presente, dedicado pelo amor que ainda sigo a cultivar.

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Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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