segunda-feira, 6 de agosto de 2012

falando o mais claro que consigo, para não ser ouvida

E num piscar de olhos aceitei o meu lugar, porque sabê-lo não significava agir de acordo.
Talvez me permita um último devaneio, porque logo já não me faltará o ar.




Sentir-se em transição; estar feliz.
Uma paixão morre para dar lugar a mais amor.
Sem passivo-agressividade, sem ciúmes, sem mil intenções.
E dói como o último suspiro antes da resignação.

Ainda há devaneios, porém em formato de 'e se', não mais ânsias frustradas.

Continuar desejando proximidade.
Entretanto sem buscar algo inexistente; contentar-se com o real.

Sermos amigos é real e feliz.

Falta  indiferença aos carinhos, portanto há cautela.
Restam planos a cumprir e certezas a ter; sem hipocrisia: pouca é a inocência, mas não há pressa por resultados, nem esperanças.
Em um ano celebrar o funeral de uma paixão necessária, mas infeliz, que por longos 8 anos assombrou com previsões fracassadas uma reciprocidade imaginária.

Que de agora em diante o ame como cúmplice, apenas, não mais como possível pretendente.
Já não posso continuar me enganando.



Seguiremos como amigos porque é a única coisa que sabemos ser.



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Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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