Talvez me permita um último devaneio, porque logo já não me faltará o ar.
Sentir-se em transição; estar feliz.
Uma paixão morre para dar lugar a mais amor.
Sem passivo-agressividade, sem ciúmes, sem mil intenções.
E dói como o último suspiro antes da resignação.
Ainda há devaneios, porém em formato de 'e se', não mais ânsias frustradas.
Continuar desejando proximidade.
Entretanto sem buscar algo inexistente; contentar-se com o real.
Sermos amigos é real e feliz.
Falta indiferença aos carinhos, portanto há cautela.
Restam planos a cumprir e certezas a ter; sem hipocrisia: pouca é a inocência, mas não há pressa por resultados, nem esperanças.
Em um ano celebrar o funeral de uma paixão necessária, mas infeliz, que por longos 8 anos assombrou com previsões fracassadas uma reciprocidade imaginária.
Que de agora em diante o ame como cúmplice, apenas, não mais como possível pretendente.
Já não posso continuar me enganando.
Seguiremos como amigos porque é a única coisa que sabemos ser.
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