sexta-feira, 19 de junho de 2009

curto.circuito

O homem não é o tudo que vai para o tudo, nem para o nada.
O homem não é o nada que vai para o nada, nem para o tudo.
O homem não é o bem que se transforma em mal, nem o inverso.
O homem não é o mal que continuará mal, ou o contrário.

O homem não é o centro do universo, nem o universo está no centro do homem.
O homem não é sábio, tão pouco tolo.
O homem não é o mais forte ou fraco.

O homem não é preto no branco, nem cinza, azul, vermelho, verde ou dourado.

O homem não tem inicio ou fim.

O homem não é a medida de todas as coisas.

Todas as coisas não têm obrigatóriamente medida.
Tudo e nada não existem.
Qualquer e insubstituível também.
Para sempre é relativo, o nunca é infímo.

Vivemos numa realidade onde o inicio é julgado longe o bastante para não nos afetar e o fim, ainda mais distante, não é sequer vislumbrado em imaginações mil.
Que início para qual fim?

Não há profecia que se cumpra sem interpretações. Não há interpretações que sejam inconvenientes. Em nossos inumeros angulos um triângulo sempre encaixará num círculo.

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Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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