domingo, 28 de junho de 2009

Marcio/Mario/Marcos/Mar.../M...

Hoje conversei com um desconhecido que fica feliz em conversar com desconhecidos.
Ele falou das limitações e ilimitações do homem. A capacidade em ir a algum lugar, a capacidade de amar. Dos conflitos internos e necessidade em servir como ponto de apoio a algo.
Ele falou dos pardais. Os únicos pássaros que mesmo o homem não querendo sua presença estão lá, e lá ficarão pois é onde querem estar: junto ao homem, seus prédios e sua poluição.
Minha mente ingrata logo lembrou dos pombos e seus bandos espalhados por algumas cidades, nossos queridos ratos de asas. Porém as pessoas cultivam os pombos, dão-lhes comida -mesmo que seja o lixo jogado a esmo -e abrigo -mesmo que sejam as contruções abandonadas. Portanto meu novo amigo de vinte e sete anos estava certíssimo em suas palavras.
A brevidade de nosso encontro deixou marcas que espero lembrar-lhe num próximo. Talvez amanhã, caso seus planos falhem; talvez algum dia, caso nossos caminhos novamente se cruzem; talvez nunca, caso a morte seja rápida; talvez em sonhos, caso o espírito tenha sido embebido de suas palavras.
Sei que do seu rosto me lembrarei vagamente, assim como de seu nome exato me foge a exatidão, mas o esforço em não esquecer existe.
A lembrança física será guardada com o maior zelo, principalmente porque as memórias que me vêm do momento não são apenas das lições que ele passou de forma espontânea, mas de toda uma época de felicidade onde meus sorrisos são naturais e a busca de um rumo certo me deixa errar.

sábado, 27 de junho de 2009

Onde o que foi esquecido voltou a ter significado.

Já não é um conto e só;


Aquele feito para você;


É uma tradução da alma;


Onde só você entenderá.

-palavras repetidas me perseguem

sexta-feira, 26 de junho de 2009

postagens...

De cinco rascunhos:
Três devaneios.
Um é pensamento.
O outro é ideal.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

estado não ébrio

Acrediite queem QuiSer
-Lembranças, apenas.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

em poucas palavras

Estive feliz.
Compartilhei emoções e desejos.

Retornei a ser como deveria.

Retornei a sentir.

Amo.

sábado, 20 de junho de 2009

fragmento

Um ar poético toma conta de mim, mas não são poemas que escrevo.
A beleza de formas e cores me atraem mais que o comum e essa pequena fraqueza não deve demorar-se.
Não há tédio recorrente de qualquer um dos momentos atuais, mas sei que ele espreita e aguarda o momento oportuno de possuir-me uma vez mais.
A felicidade que sinto é como uma brisa morna -leve, inconstante e passageira -e não me agarro a sua existencia, embora me agrade.
Pensamentos mal finalizados não incomodam tanto quanto deveriam e é uma pena pois gostaria de me cobrar um tanto mais.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

curto.circuito

O homem não é o tudo que vai para o tudo, nem para o nada.
O homem não é o nada que vai para o nada, nem para o tudo.
O homem não é o bem que se transforma em mal, nem o inverso.
O homem não é o mal que continuará mal, ou o contrário.

O homem não é o centro do universo, nem o universo está no centro do homem.
O homem não é sábio, tão pouco tolo.
O homem não é o mais forte ou fraco.

O homem não é preto no branco, nem cinza, azul, vermelho, verde ou dourado.

O homem não tem inicio ou fim.

O homem não é a medida de todas as coisas.

Todas as coisas não têm obrigatóriamente medida.
Tudo e nada não existem.
Qualquer e insubstituível também.
Para sempre é relativo, o nunca é infímo.

Vivemos numa realidade onde o inicio é julgado longe o bastante para não nos afetar e o fim, ainda mais distante, não é sequer vislumbrado em imaginações mil.
Que início para qual fim?

Não há profecia que se cumpra sem interpretações. Não há interpretações que sejam inconvenientes. Em nossos inumeros angulos um triângulo sempre encaixará num círculo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A fragilidade do que me forma


"Novamente a água que mancha o papel me atrapalha enquanto escorre por meus ombros. O pensamentos ficam vagos quando o raciocínio desenvolve-se dos topicos que crio para não esquecer. As palavras que me vêm, mais uma vez, não condizem com aquelas pensadas anteriormente, nada posso fazer de concreto, se isso insistir talvez eu compre um gravador e comece a verbalizar as nuvens cor-de-rosa ou o tédio que transborda da minha alma, dentre coisas simples e divertidas."

quarta-feira, 10 de junho de 2009

d'alma

Hoje o sol brilhou, assim como ontem, diferente de dias atrás.
Me lembro:

Nuvens acinzentadas e o vento que bagunçava meu cabelo.
Um gosto amargo e uma sensação estranha.
Uma felicidade intrigante.
Alguns sorrisos, vagamente.

Entre uma correria e outra, atrasos e inesperados.
Momentos poéticos surgem de repente nos ofuscando e preenchendo.
Celebramos mudamente e guardamos na alma o que é nosso por direito.
Ah, esses preciosos momentos...

Agora eu beberei água e juro não precisar de mais nada.
Nem de abraços apertados, nem de olhares magoados.
Tampouco de conversas serias ou intenções indiretas.
Não irei fechar a cara, vamos deixar tudo variar.
O que há de acontecer, virá.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

passos aéreos



Tomada por silêncio e preenchimento.
Caminho sobre as nuvens que não cedem aos meus passos.
E tenho tantas coisas para escrever que as palavras atrapalhariam-se nos dedos.
Deixo-me ficar por um tempo mais sem me desconcentrar do meu inexato percorrer.
Que meus pés tenham sabedoria própria.


"Sorrisos, abraços, conversas e atos.
Mistura de dias felizes com o céu nublado.
A chuva veio e lavou as almas e os pensamentos, nos deixando leves.
À espera do retorno, não ficamos descontentes com as despedidas breves."

Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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