sábado, 24 de maio de 2008

Eu:

Tão supérfluo e deslocado quanto o talo de coentro em cima da porção de arroz.
Tão inútil e desgarrado,
Tão ... suspiro

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Nemo e Alethia

domingo, 18 de maio de 2008

Pontos e o Universo

.Pontos•e◘o○Universo°



A princípio tudo era um ponto, um ponto real e infinitamente ponto.

Não havia medida que o compusesse era um ponto.

Não havia distância que o aproximasse era um ponto.

Um ponto em meio ao nada.

Essa foi a Primeira dimensão.

O ponto era solitário e resolveu fazer um semelhante dai surgiu outro ponto, mas eles não se contentaram e foram criados infinitos ponto seqüenciais. As retas. As formas.
Os vários pontos eram todos unidos e iguais, mas a medida que foram distanciando-se do princípio tornaram-se diferentes.
Então surgiram as cores. E com as cores houve uma explosão de formas diferentes.
Nasceu a interação, com ela a vida.
Pontos relacionados entre si formavam corpos.
Os "corpos" tinham lugar variável no espaço.
O espaço era superficial.
Correção: Alguns seletos corpos tinham lugar variável na superfície. Eles se locomoviam destruindo os outros pontos, tomando-lhes o lugar. Atrás desses corpos os pontos que não haviam sido destruídos faziam surgir novos pontos, idênticos aos anteriores, mas não os mesmos.
O universo era um plano.
Chamou-se então Segunda dimensão.

Com o tempo o plano ficou insatisfatório. Conflituoso. Cada ponto não queria parar de existir.
Tanta era a vontade de simplesmente existir...
Ocorreu uma mutação.
Uma reta a mais. Um traço que saia do plano.
Nasceu o volume. A textura.
O nosso mundo.
A nossa dimensão.
A Terceira.

Nenhuma pode entrar em contato direto com a outra, a interação vem de, no máximo,uma projeção virtual. Só as mais adiantadas têm noção das anteriores. Segue ordem decrescente.

Pergunto: Como será a Quarta dimensão?



Antes que alguem viaje na maionese: isso é um conto.
Escrito depois de algumas divagações.
29/02/08

quinta-feira, 15 de maio de 2008

bem ou mal, etecétera, talvez, contudo, todavia

EU SEMPRE FICO...

Certo?
Sempre.
a ambiguidade que tudo constitui.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

gosto da minha janela

Escuto músicas animadas enquanto assisto as luzes da cidade se acenderem...
O céu está uma mistura de azul e laranja... o laranja do reflexo das luzes que acendem...
Penso no quanto fotos podem enganar e vejo alguns carros passando por um pequeno trecho de alguma avenida movimentada...
O letreiro luminoso da prefeitura não está ligado, ou as nuvens baixas daquele lado da cidade estão incobrindo-a.
Me estico e varias partes do meu corpo estalam...
Não tenho fome ou sede.
O maldito gosto de cinzas já se foi à algum tempo...
Como eu achava, tive um pequeno problema quando se foi, mas as coisas já se normalizam.
As coisas que se normalizam...
Meus sentimentos adormeceram novamente.
Outros afloraram.
Sempre serei duas, e vocês concorda, não é?, amiga.
Talvez até mais...

Não gosto disso... escrever o presente... mas já fazem três dias depois de muitos outros...
^^

As músicas animadas que escuto não me irritam, mas não me atingem.
Um fundo musical para a cidade que acendeu.











Nemo e Alethia está perto do fim...

domingo, 11 de maio de 2008

são dias que foram e são

Eu estava andando na rua às duas da manhã e lembrei da noite de vinte e quatro e da manhã de vinte e cinco... tudo tão parecido e tão diferente...
Dessa vez sem toxinas circulando no meu sangue... sem toxinas impregnadas nas minhas roupas, as toxinas que prometi um ano de abstinência como lembrança eterna e promessa sem fundamento... as toxinas que não sinto vontade de absorver por capricho e saudade.
Houveram músicas repartidas entre tantos, mas nenhuma delas teve o significado que aquelas repartidas por tão poucos; músicas que me lembravam de alguma forma vocês e que eu por pensamento mandei à vocês.
E houve solidão, mas não houve. Pois cercada de pessoas não me senti só, mas não pelas pessoas, mas por vocês que ali estavam, vocês ali estavam. Comigo. Em mim. E a solidão de vocês não existiu. Mas ela há.
E um pouco mais tarde que as horas iniciais do dia onze a recebi/percebi.
Mas não há tristeza, só vazio.
Vazio que se preenche por si. E se esvai por si.
Mas que só deixa de ser vazio quando.......

quinta-feira, 8 de maio de 2008

pois sou

fui uma sombra
que passou rapidamente
fui aquele vulto
que ao encarar: sumiu
fui cheiro, odor, perfume
que sentiu-se e dissipou-se
fui lembrança, memória
estive ali; não mais. esqueceu-me.


fui porque sou;
sendo não serei;
lembrança de mim.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

se eu morresse?

e se?

eu pouco tenho a dever
pouco tenho por fazer
de nada me arrependeria por ter feito
nem lembraria do 'por fazer'
lamentaria um pouco, quem não?
aproveitar um pouco mais aqui ou ali...
ter se jogado nos braços de alguns
ter atirado pedras em outros
ter falado mal desse ou daquele, na cara mesmo
ter ouvido desaforo pra aprender a dar em dobro
em vez de ter ficado tão quieta e vivendo rosa
minha vida mal começou
nada depende de mim
acabou-se? ó que pena... e a proxima coisa é o que?
céu inferno o purgatório criado por Dante nada renascer como gente como planta como bicho virar luz virar estrela virar energia ser alimento e só...
feliz não ficaria
gostaria da eternidade dos meu erros terrenos acompanhada por meus amigos
escolha teria?
diferença faria? já que não... uma gargalhada minha!

tento adivinhar os que lamentariam a minha ausência
é meio complicado isso...
penso se alguém se arrependeria de algo que fez contra mim...
nada me atingiu realmente, mas depois de morta como eu ia consolar esse infeliz?
e se um ou outro ainda tivesse algo a me dizer? se eu escutasse, acho que ótimo, mas se não... eles falariam ao vento? amargariam por algum tempo, sufocados com as palavras retardatárias?

o que me assusta da morte não é o fato
mas o tanto que há por trás da sensação do dia de amanhã
a hipocrisia morre um pouco, ou vem em quíntuplo... depende de quem morre e de quem fica

se eu morresse amanhã não morreria como alguém feliz, nem triste
só morreria e só

terça-feira, 6 de maio de 2008

são as mágoas de março

que houve em março? nada em especial, só mais um fim; algo que não tinha sequer começado morreu. morreu? exagero... transformou-se. como tudo. como tudo que me envolve. o que envolve o mundo. talvez somente o meu, mas nem pensarei muito agora. pensar muito é algo que faço; não o quero mais. existe uma mania irritante de só falar do que incomodou e não do que incomoda... entrou abril: saiu abril. abril foi um bom mês. um péssimo mês, na verdade. tomei algumas decisões que serão levadas as últimas consequências. curadas com o tempo logo depois. e começa maio, essas decisões guiando maio. e revi pessoas importantes em maio, tão no início... acho que maio, esse sim, será um bom mês.


há um porco cor-de-rosa que preciso entregar
há um colar que entreguei mesmo sem utilidade
há uma surpresa que fiz à alguém
há um abraço que deveria ter sido mais apertado
há uma despedida que não foi
pois há, mesmo não

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Comtemporaniêdade

Cansaço.
Puro e simples.
Cansaço.
O corpo implora.
Descanço.
A alma se rompe.
Em pranto.
Cansaço do ao redor.
Cansaço da falta.
Cansaço do dia-a-dia.
Cansaço dos estudos.
Cansaço da vida.
Cansaço.
Pela espera.
Pela rotina.
Pela pressão.
Mas só faltam
Duzentos e oitenta e um.
Dias.
Só falta.
Não falta.
O nada.
Ainda princípio.
Mas já fim.

domingo, 4 de maio de 2008

Modernidade

O que seria do papel sem o lápis?
O que seria do lápis sem a borracha?
O que seria da borracha sem o erro?
O que seria do erro sem o acerto?
O que seria do acerto sem o prêmio?
O que seria do prêmio sem a felicidade?
O que seria da felicidade sem a companhia?
O que seria da companhia sem a interação?
O que seria da interação sem o resultado?
O que seria do resultado sem a prova?
O que seria da prova sem o julgamento?
O que seria do julgamento sem a verdade?
O que seria da verdade sem a ilusão?
O que seria da ilusão sem o iludido?
O que seria do iludido sem a angústia?
O que seria da angústia sem a dor?
O que seria da dor sem a sensibilidade?
O que seria da sensibilidade sem a comparação?
O que seria da comparação sem o tudo?
O que seria do tudo sem a falta?
O que seria da falta sem o nada?
O que seria o nada?



Eu sou o tudo e o nada
Sou a deusa de mim
Sou dona da verdade
E passível de erros
...

sábado, 3 de maio de 2008

Idade Média

Será que é tão difícil assim se livrar dos sentimentos?
Que pergunta tola...
Mas eu não queria sentir.
Sentimentos... Acho que eles me tornam fraca.



O que mais me assusta em mim mesma é o fato de que eu sempre sei o estado em que me encontro.



Talvez seja bom, talvez ruim, mas no fim das contas sempre traz mais peso na conciência...



Não vou escrever sobre o que passou.
Nem fazer plano para o que virá.
Agora estou só escrevendo, isto é tudo que desejo no momento.



Silêncio.
Apreciar o silêncio.
Silêncio dito pelos meus pensamentos.
Vazio.
Paz.
Nada.
Um grande nada, dentro de mim.

Arcoverde parece longe.
Queria passar muito tempo, exatamente como estou.



Mais uma folha que escrevi que não significa nada.


As coisas às vezes parecem até um filme, e é engraçado.


Pensar demais, assim sou eu.



23/12/2006

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Antiguidade

Coração, bate
Coração, bate
Coração, bate
Coração, late
Coração, mia
Coração, gira
Coração, ria
Coração, sofre
Coração, morde
Coração, grita
Coração, esfria
Coração, agita
Coração, congela
Coração, esguela
Coração, entrega
Coração, azul
Coração, vermelho
Coração, verde
Coração, amarelo
Coração, laranja
Coração, canta
Coração, encanta
Coração, encantesse
Coração, envaidesse
Coração, enegresse
Coração, esbranquesse
Coração, aquece
Coração, magoa
Coração, ecoa
Coração, enjoa
Coração, enoja
Coração, luxúria
Coração, preguiça
Coração, inveja
Coração, vaidade
Coração, gula
Coração, avareza
Coração, vingança
Coração, lembrança
Coração, criança
Coração, lambança
Coração, irmão
Coração, mãe
Coração, pai
Coração, bate
Coração, vida
Coração, morte
Coração, sorte
Coração, bate
Coração, pára

"Me sinto idiota falando de amor,
Sem nunca ter amado.
Me sinto hipocrita falando que nunca amei,
Tendo amado todos os dias da minha vida.
Me sinto idiota por ser hipocrita.
Me sinto triste por não ter amado como quis."


Tudo antes de me descobrir.
Me reinventar.
Me assumir.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Pré-histórico

..ARIANE
..ARANHA
.ARRANHA
.AR
...RANHO
...MANHA




sweet, sweet, oh sweet
so sweet

Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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