terça-feira, 30 de outubro de 2007

A Bela e Trágica Dança do Amor

Brincadeiras de momento
Bailarinas balançando seus lenços
Movimentos harmonicos e sutis
Risos e sorrisos infantis

Ou qualquer besteira que possa ser
...

Eis o que o amor transparece
Enquanto vivo e belo
Enquanto doce elo
Entre corações




Mas quando machuca-se irremediavelmente


...


Lágrimas e sangue sobre os lençóis
O sangue que veio com as lágrimas
As lágrimas que vieram pelo sangue
E agora que ele está morto;
Não há nada o que fazer.
Rir do pranto;
Chorar de rir.
Fingir ser feliz;
Encontrar a felicidade.

Em outro coração, ou só.




Como o amor pode ser belo e destruidor, só se sabe.
Mas que a dor do amor que morreu não existe, só a saudade do que foi.
Enquanto a dor do amor que foi morto, dura a eternidade até o esquecimento.






Que a feiúra do belo não impeça de ver a beleza do feio,
Que a dor da morte seja suficiente para a cicatrização,
Que não queira todo o sofrimento de volta,
pois sabe que será vão.
Que quando morto não estará enterrado,
mas que migre para a sabedoria da vivência.






Que aprenda com o amor que foi, que outro talvez será mais belo, embora jamais igual, onde veja seus erros e tome de base o passado para melhorar o que virá, sem sentir remorsos ou fazer comparações. Pois o que era para ter sido já foi e viver do passado é não querer viver.
by Sofia di Luna

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Questão Atemporal

Atrasada.
Atraso.
Sempre e sempre para trás.
Os tic-tac's?
Nem se escutam,
Já faz muito tempo.
O relógio não funciona;
Não adiantaria.

.
Parar não é opção.
Já estou estagnada.
Seguir em frente é força de vontade.

*




Qual o problema em se render? O que mais quero é entregar-me à inércia. Ficar existindo por alguns dias... Eu acho que vou terminar enlouquecendo, ainda bem que as férias estão se aproximando. Mas ainda tenho que passar por tanta pressão... Tenho que estudar, onde está o tempo? E a vontade? Tudo tem que ser por obrigação?
Pisque e já tem que estar fazendo outra coisa, não dá tempo de entender nada. Você só faz. E fique calado, o sistema come os insatisfeitos no café-da-manhã, viva como eles mandam: um dia você nem vai ter mais vontade de querer outra coisa. Vencido pelo cansaço. No fim, é isso que eles querem.






Nesses momentos você precisa mais que nunca de apoio, porém ele nunca é suficiente, tem que se aprender a levantar-se sozinho.
Somente amar não basta.



by Sofia di Luna

Da Felicidade à Depressão



O céu ainda é azul? Já não reparo mais...
Nem percebo se o sol nasceu, ou se pôs...
E nada tem a se reclamar, talvez tudo...
Mas já não importa muito...
Nada tem a ver com a dor
Pois até a mesma tem o significado de vida
Sentir dor é um sinal de se estar vivo
Solidão é algo necessário
...
Não se pode ser feliz
Nunca sentindo-se triste
by Sofia di Luna

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Da depressão à felicidade...



O que eu gosto em estar depressiva é o mero fato de tudo que escrevo chega a ser sólido. Nada vaporoso, inconstante, indefinido, contraditório, nada que pareça um sussurro dado no vento frio.
Não é quando estou feliz, que nem tenho tempo para pensar em papéis e canetas, ou quando estou entediada, que fazem as coisas saírem desleixadas e com mais prolixidade e menos nexos do que deveriam.
*
A dor refina os sentimentos, e os pensamentos. Por mais desorganizada que sua vida possa parecer, ela nunca vai estar tão organizada quanto nos momentos de dor. Porque será somente isso, sua única companheira e caminho, não haverá mais nada ao alcance da sua vista, nem dispersões, nem preocupações reais. Só quer ficar parado e ver o tempo passar, o pior é que ele não passa, mas nunca se consegue isso, sempre vêm lhe tirar dessa letargia, e por mais que diga: Eu quero ficar aqui, e só; não vão lhe escutar e você virará um zumbi. Andando pelo mundo, interagindo nele, não com ele, seu corpo estará separado da sua mente, suas pernas caminharão sem rumo, seus braços tentaram passar carinho, mas estarão mais frios que seus olhos. Nada estará perdido, pois não existirá nada para se perder.
*
De repente você acorda e vê que os pássaros estão cantando, percebe que há flores na vista da sua janela, e você nem lembrava que tinha uma janela, o azul transbordante do céu lhe parecerá convidativo, mas talvez não haja tempo para desfruta-lo, porém não será importante porque só o fato de poder sentir o calor do sol sobre a sua pele já é um motivo para sorrir. Uma vontade incrível de ligar para as pessoas que gosta só para contar que queimou a língua no café e achou engraçado, mesmo que até você ache isso desimportante, claro que não irá ligar, contudo o pensamento de fazer isso trará leves gargalhadas solitárias, e os observadores não irão entender, mas não será isso que parará sua alegria em estar vivo.
E quando tudo isso irá acontecer? Quando a dor dará espaço para algo melhor? Não sei, somente digo o que irá acontecer. Porque isso sempre acontece.
Adianto somente que não será por meio de consolações, ou auto-piedade...
Só é feliz quem quer, entenda do jeito que achar melhor...



by Sofia di Luna

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Não se importem com esse eu desorientado...

Amar é e não é.
Amar é um fato.
Fatos são ou não.

O fato é que estou escrevendo, logo escrever é amar.
Ao menos para mim sim...

Algo louco...



by Sofia di Luna

Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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