Fugir não é uma opção
Presa em ser
No poço em que me encontro,
mergulhada na áspera dormência,
vejo tremeluzente um fio.
Não é possível alcança-lo,
impedida pela escuridão que envolve,
mas ó quanta graça ao debater-me
e o fio bailar um tanto mais.
Esqueço o frio por um momento
esqueço a falta de ar.
Os olhos presos na dança sem ritmo
daquele risco de mim a zombar.
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