Achei que sinceramente não entraria em apaixonamento novamente, que amores tranquilos surgiriam e embalariam noites silenciosas de contentamento: resignada em ser-não-ser. A tensão elétrica difusa que percorre o corpo, hora em frio hora em calor, me preocupa sobre minha fértil imaginação. Algo em mim pede abraço, os olhos tateiam cegos entre os colos disponíveis? Percebo movimentos involuntários que nunca antes houveram, mas estarei eu conduzindo os fios do meu eu-marionete? Há projeção, sem dúvidas, em múltiplas referências. O quão inexperiente posso me considerar diante das unicidades eternas? Das vontades: um relutante teatro. Até quando? Talvez para sempre, escuto em ecos. E nunca o desejo do erro foi tão quisto, o desejo da falha da falha. Que uma vez as premonições não sejam autorrealizatórias.
II
Há 14 anos
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