Uma prosa
No momento que me encontro não há figuras de linguagem que queira usar - sei que surgirão por fazerem parte da minha maneira de escrever.
Assim como os anos passam e a realidade torna-se o que nos envolve, decisões precisam ser tomadas de modo a que não reste espaço nos atos ao que não seja direcionado pela maturidade.
A vida é aquilo que fazemos dela, as dores e alegrias vêm do que procuramos. Seguir usando fugas não traz nada além de retardo ao crescimento; decisões sóbrias e duras têm que ser tomadas para que se cumpra o papel social designado, para que o crescer seja alcançado da maneira que é ensinado às crianças.
Não que os sonhos deixem de existir, não que se galgue uma trilha de arrependimentos, não que seja o decreto do fim da felicidade leve ou da alegria efusiva.
Nada de bom vem das fugas? Mentira. Nada de concreto vem delas, apenas.
Metas não serão postas como a razão da minha existência, porém a falta de motivos para o dia seguinte só é reflexo da estagnação; o ciclo de nascer-morrer parou num ponto crucial em que quanto mais tempo perdido, mais um peso aqueles que me cercam me torno.
Que eu seja o peso que minhas pernas aguentem.
Que me orgulhe dos erros que cometerei, que aprenda a lidar com minhas falhas, mas que seja eu quem me sustente às custas da minha própria capacidade.
Até quando der, até onde for, até como puder.
Segundo o dicionário:
Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.
Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)
Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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