terça-feira, 26 de novembro de 2013

ex phantasiae



das lágrimas secas em pó de memória

dos 'adeus' que não foram ditos

e as palavras que ressurgem sem terem existido

antes andar sobre as nuvens de chuva

antes receber os raios de sol longe dessa terra de agouros

da minha loucura em negar

da minha paz em não ser

eu sangro coagulos de tinta

que jorrem e sumam os sonhos ruins

ao findar o dia apenas descansar

onde mato deus ex machina
e fico eu entre hominis ex phantasiae

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ironia seria então morrer.


Descoberto então um novo apreço à vida.
Não por ela, mas pelo antagonismo à morte.

Por que findar?
Por que continuar? 
Há o que fazer!

Exaurir o que parece não ter fim.
Expelir a última gota de todo mar turbulento e imensurável que em mim habita.
Por risadas transcritas e lágrimas em tinta.
Das angústias e torturas em ser, dos prazeres tênues.
E tudo o mais.
E tudo o mais em não ser o fim.

Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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