sábado, 25 de abril de 2009

observações III

Não lembro das palavras que pensei há poucos instantes. Isso me frustra, pois recordo que eram melhor que essas.
Malditas reflexões de chuveiro, onde a água borra o papel.


Não é a obrigação que me enlouquece.
O silêncio das músicas.
Não é saudade o que sinto.
A dormência dos sentidos.
Não é o medo que me preenche.
A insegurança dos planos.
Não é amor o que procuro.
O desejo recíproco.
Não é dor o que me pertuba.
A ausência da minha imaginação.
Não é solidão o que me preocupa.
O fosco dos olhos.
Não é o tédio que me envenena.
A falta de cores do por do sol*.
Não é o passado que me assusta.
A descoberta do tempo ambíguo.

Não é beleza o que me atrai.
Não é o mistério que me aprisiona.
Não é a paz minha libertação.

Um comentário:

  1. Adoro 90% do qê vc escreve pqê nos outros 10% vcê ta me chamando de EMO! xS

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Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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