quarta-feira, 8 de outubro de 2008

vontade de terminar o que começo

os minutos para o término do dia correm e escorrem
a verdade é que palavras me faltam
mas há urgência em não escrever
em pensar
em não pensar
imaginando muitas situações onde finais são acaso em vez de obrigatórios
fantasiando com futuros nada
vivendo no enorme limite entre sonhos e realidade
fazendo da tênue ilusão alimento

terça-feira, 7 de outubro de 2008

numa aula de física...

A'Ri-(...)Eu não gosto de baianos...
Bono-Por quê?
A'Ri-Hm... Na verdade não tenho nada contra eles... Sei lá.
Bono-Por que você não gosta de baianos, o que eles te fizeram?
A'Ri-Ah, nada. Não tenho nada contra eles, foi só uma bobagem que eu disse.

Bono-.\,,/*Levou "gaia" de um baiano?
A'Ri-Não.

Bono-Botou "gaia" em algum?
A'Ri-Não.

Bono-Apanhou de algum baiano?
A'Ri-Não.

Bono-Brigou com algum baiano?
A'Ri-Não.

Bono-Você não gosta da posição geográfica?
A'Ri-*PRUF!*(metade da sala olha*entro numa crise de riso)

Bono-(ri também, acho que de mim)
[Crise de riso descontrolada]

Mari-*tapinha nas costas*Eita, Ari, fica assim não...
[O riso volta com mais força]
[Pricipalmente quando tento dizer pra Thaís e Rafa o que me fez rir]
...

A'Ri-Seu apelido vai ser Bono.
Bono-*cara de mau*Não.
A'Ri-Vai ser sim. Bono.Bono.Bono.Bono.Bono.Bono.Bono.Bono(...)

Bono-Não.Não.Não.Não.Não.Não(...)Não vou atender.
A'Ri-Ei, Camilla! O apelido de Bruno é Bono!

MiLa-Por quê?
A'Ri-Por que ele não gosta.
MiLa-Ah... Legal. Bono...
A'Ri-Viu, Vanessa, Bruno agora é Bono.
Van*-Mas por quê?
Bono-Por causa do biscoito... Eu sou gostoso.
MiLa-UAU! *risos* Nem se "achou" o menino.

A'Ri-*ri*Então Van vai te dar umas dentadas e se deliciar sem restrições...
Bono-*cara de muito mau*Hnf*
Rafa-O apelido de Bruno agora é Bono? *ri* Bono Vox!
Bono-*fica ranzinha* Aff. Odeio.
A'Ri-*risadinhas*Bono Vox... Eu nunca escutei uma música do U2...
Bono-Nem eu.
A'Ri-Então por que você diz que não gosta?
Bono-Porque eles são ridículos.
A'Ri-Se você nunca escutou não devia dizer que não gosta... Acontece o mesmo comigo e os baianos, acho.

Bono-Ah, mas é diferente.
A'Ri-Diferente por quê?

Bono-Porque U2 é uma banda.
A'Ri-No fim dá no mesmo.

Bono-Não.
A'Ri-Claro que sim.

Bono-Claro que não.
A'Ri-Claro que sim.

Bono-Os baianos são uma raça.
A'Ri-EITA! E são bichos é?

Bono-Ah, não! Uma espécie...
A'Ri-EITA! Não melhorou.
Bono-Eles são uns animais mesmo...
A'Ri-Aff. Você não devia falar assim.

Bono-Eita, e eu tenho uma tia baiana. Ela é legal...
A'Ri-Ui... Vou contar pra ela...

Bono-Vai nada.
A'Ri-Espere só...


...
A'Ri-Putz, a gente deve ter ficado rindo uns cinco minutos... E quando eu fiz aquele barulho estranho? *risos*
Bono-Metade da sala olhou. Dá proxima vez eu vou te fazer rir dez minutos e a sala toda vai olhar pra você.
A'Ri-Vai nada...
Bono-Espere só...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Fingir: arte; dom; necessidade.

Não há mal em querer correr, só nos motivos que o levam.
Perguntar é tão mais fácil...
Contentar-se com pouco também.

domingo, 5 de outubro de 2008

máximo-mínimo

Do que tenho medo, do que não.
O que causo, o que não.

Sono preenche minhas pálpebras.

Percebo agora o quanto fui injusta.
É o preço por pregar justiça.

sábado, 4 de outubro de 2008

nonsense

moa, moa
moa bem moído
chia, chia
chia o óleo a ferver
assa, assa
assa com carinho
todo sentimento que havia ali








-Que fazes criança?
-Estou cozinhando, não dá pra ver?
-Mas o que cozinhas?
-A minha boneca, vai querer provar?
-Somente se houver sobremesa.
-Fica satisfeito com pudim de vísceras?
-São vísceras de boa qualidade?
-O que você acha? São dá minha mãe.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

14/05

A garganta arranha. Sede. Ela senta-se na cama, o lençol deliza deixando àmostra sua nudez. Assim que levantasse ele acordaria, ela sabia. Já não tinha vergonha da nudez que ele provocou, que ela cedeu sem pudor. Não há pudor entre eles, não mais. Enquanto havia era doce. Agora são corpos sedentos pela sensação que nenhum outro corpo daria. Ela havia tentado, sabe que ele também. Não iria comparar com drogas, embora igual fosse.
Olhou para os braços por um momento, tantas cicatrizes... Esse é um novo aspecto da relação. Parece doentil a qualquer outro, para eles é um ato de cumplicidade extrema. No momento que ela puxa a lâmina pelo antebraço, de modo não mortal, é observada. Para então observá-lo aproximar-se sorrateiro, subindo a língua pelo corte. A dor não era nada perto do vazio sentido em seu peito, porém a carícia que suga seu sangue a conforta. Talvez eles sejarm merecedores de si.
A garganta arranha. Sede e choro. Levanta-se e vai até a mesa perto da porta, enche o pequeno copo de sakê e toma de uma vez. Desiste do copo e entorna a garrafa. Poucos goles até sentir uma mão em sua cintura. A outra envolve a sua e tira o liquido do contato com a boca, pondo a garrafa sobre a mesa. As costas aquecem-se; é envolvida num abraço. Um sussurro em seu ouvido:

-Seu coração é inalcansável.
-E o seu inexistente.
-Me pergunto se fui eu quem a matou.
-Você apenas encontrou-me em estado de putrefação, agora já não existo.
-Gostaria de ter vindo primeiro.
-Eu não estaria aqui. Ele teve que fazer.
-Preferiria você viva à comigo.
-Então sente amor a mim?
-Talvez o seja.
-Comigo não.
-Eu sei.

As lágrimas que achava ter perdido desabrocharam e cariram sobre as mãos dele. Gostaria de correspondê-lo, mas seu coração despedaçado desaprendera a amar... E ele sabe. Por que dizer esse tipo de coisa que só irá feri-la ainda mais? Se preferia ela viva por que ao menos não evitar machuca-la? Provavelmente porque ela o fere não correspondendo-o... Pode ser que somente machucados permaneçam juntos. Sente ele apertando-a com mais força contra si.

-Essas lágrimas que são por você... Desgosto.
-Também não gosto.

Ele se curva e começar a beijar-lhe o pescoço. As lágrima cessam. Ela os põe de frente. Irão se machucar um pouco mais.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

23:23

Eu digo, repito, grito, recito, xingo e vomito, mas não adianta.

Que o passado passe; insisto em retomá-lo, nem que seja pra dar um cafuné e pô-lo pra dormir.

Como é um bicho inquieto, esse tal passado, depois de acordado demora muito tempo pra cochilar, e vai lá triscar pra ver se o bicho não acorda... Abrindo um berreiro que de tão desafinado nem tem nota e fica abusando mais do que tem que abusar.
E eu já não tenho saco ou paciência, resolvo logo tomar uma providência pra enterrar o defunto de vez, mas quando arranjo o caixão, olhando pra aquelas flores bonitas, me bate um sentimento de despedida e eu revivo o morto outra vez... E isso é tão complicado que até xadrez parece fácil e o final é esse chove-molha, mostrando o pau sem ter matado a cobra.
Uma enrolação que não tem mais fim.


nem me perguntem o que diabos foi isso...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

início de mês

Resoluções normais.
Dieta; perder dez quilos em duas semanas.
Estudar; recuperar o assunto do ano em um mês.

Nada preocupante ou extravagante.
Exceto talvez por dois furos caseiros.
E eu nem sei porque os fiz.
Excentricidade momentânea.

O tempo passa como a luz das estrelas...

Talvez tenha chegado ao fim as auto-análises.

Desculpe-me
Por ter envolvido-te, sem necessidade
E foi um motivo tão tolo, por um sentimento ainda mais

Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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