sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

O que era para ser dito, mas não foi a tempo...

“-Danny? Ouça. Vou falar-lhe sobre isso pela primeira e última vez. Há coisas que não se devem dizer nem a um menino de sessenta anos; mas o modo como as coisas devem ser e como são na realidade dificilmente coincide. O mundo é um lugar duro, Danny. Não se importa com a gente. Não odeia você nem a mim, mas também não morre de amor por nós. Coisas terríveis acontecem no mundo, e são coisas que ninguém pode explicar. Indivíduos bons morrem de forma ruim e dolorosa e deixam as pessoas que os amam sozinhas. Às vezes, parece que só as pessoas ruins permanecem sadias e prósperas. O mundo não ama você, mas sua mãe o ama e eu também. Você é um bom menino. Angustia-se pela morte de seu pai e, quando sente que precisa chorar pelo que aconteceu com ele, esconde-se num armário ou debaixo das cobertas e chora até que saia tudo de dentro de você novamente. É isso que um bom filho deve fazer. Mas, veja, você continua vivendo. É sua obrigação, neste mundo duro, manter viva a chama do amor e ver que continua vivendo, não importa como. Seja um bom artista e continue.”

(O Iluminado/Stephen King; Editora Nova Cultural - pág. 444)

by Sofia di Luna

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Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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