domingo, 21 de julho de 2024

Amores

Do meu peito amor jorra

Torto e exultante, como amor tem que ser

Os destinos são variados, mas a gratidão é imensa

Quanto bem querer me cerca tanto eu espalho ao meu redor

terça-feira, 25 de junho de 2024

Porque eu sei

 Há o desejo de compartilhar as menores coisas

Almejo o som de tua risada

Seus abraços me trazem conforto 

Teus tiques são divertidos 

Eu gostaria de mitigar tuas preocupações 

O esforço genuíno de nos comunicarmos 


Dentre tantas coisas, é a calmaria

Na paz que se instaura, quando tudo é maremoto, vem a certeza

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Agradeço

 Há paz

Tamanha

Não importa as vozes mesquinhas sussurradas entre os entrelaços

A presença é conforto, o abraço morno que embala o sono

Não existe perfeição, e agradeço

O bom que se faz melhor

Enfim

Em mim

sábado, 8 de julho de 2023

Esperando

A cama tem cheiro e o frio é ausência 

Eu não sei como me sinto

sábado, 3 de junho de 2023

pega a burra

Achei que sinceramente não entraria em apaixonamento novamente, que amores tranquilos surgiriam e embalariam noites silenciosas de contentamento: resignada em ser-não-ser. A tensão elétrica difusa que percorre o corpo, hora em frio hora em calor, me preocupa sobre minha fértil imaginação. Algo em mim pede abraço, os olhos tateiam cegos entre os colos disponíveis? Percebo movimentos involuntários que nunca antes houveram, mas estarei eu conduzindo os fios do meu eu-marionete? Há projeção, sem dúvidas, em múltiplas referências. O quão inexperiente posso me considerar diante das unicidades eternas? Das vontades: um relutante teatro. Até quando? Talvez para sempre, escuto em ecos. E nunca o desejo do erro foi tão quisto, o desejo da falha da falha. Que uma vez as premonições não sejam autorrealizatórias.

sexta-feira, 2 de junho de 2023

As mentiras contadas a si são o pior veneno

Energia em arroubos

Pique-esconde solitário

Desejar é fraqueza?

O querer, tão querer, quase morrer

A máscara pesa, coça, novamente

O medo da falta ser mais falta

Ranger de dentes, pois há sede de mordida

quinta-feira, 1 de junho de 2023

eu xausta

Cansaço não é suficiente para descrever o molde negativo que me tornei

Do que foi ação ou resposta, será que importa?

Me vejo diante da multiplicidade de verdades, estagnada.
Um dia de cada vez, respiro. Um passo de cada vez, reflito.

Lançar-me como fúria e desejo; inconsequente.
Provar-me estrategista do mais longo jogo já vivido.

O que desejo? O que a mim mereço?
E o que fazer para não ser apenas mais um insustentável delírio?

Não há amor, mas há vontade de amar.
Não sei o que é amor, mas há vontade de descobrir.
Falta ânimo.

quarta-feira, 31 de maio de 2023

em-baralho

 Das reflexões que fazemos sobre a vida e como conceitos singularmente se moldam às nossas experiências, me vejo outra vez encarando o amor e meus simbolismos:

De copas o desejo permanece.
Abnegação em espadas se justifica.
A concretude de paus nomeada em ações.
Por fim a reciprocidade em ouros.

terça-feira, 30 de maio de 2023

dear stranger

esse vazio que sou

nesse lugar que não ocupo

será que algo há?


não sinto otimismo ou verdade além das ilusões difusas que flutuam
os risos e silogismos puro reflexo em negra janela
quanta decepção existe na ausência?


medo ou inocência, vamos lá mais uma queimadura levar

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

fissura

espaço que se interpõe em imensidão
o que se abre
perde a integridade
momento de ruptura

e o desejo incontrolável de se jogar

sábado, 30 de março de 2019

Sobre aprender a não doar o que não se tem

É um nível de crueza emocional que compartilhamos que por mais que nos afastemos sempre estará ali. Eu não sinto falta, nem lembro do aniversário, mas estamos ligados por essa história.
E eu não deixei de ser importante para ele, da maneira dele. Só que para mim ele deixou de ser. Porque sou intensa demais para ficar feliz com pessoas numa estante de fotos. E ele sabe disso e sofre com isso, da maneira dele. Aprendi que consigo fazer nada e é o melhor para todo mundo quando assim o faço.

domingo, 13 de janeiro de 2019

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Divagações ébrias sobre desejo

Encontrei quem talvez não seja o que me faz bem, nos caminhos tortos que andei tropegamente. Seja atração irracional ou racionalização sexual. A quem me disponho envolver por dias variados ou noites singulares, com motivos obscuros de desejos multiformes. 

Abraço a fantasia, talvez mais que a execução; circunstâncias solitárias e necessidades diversas.

Almejo corpos e companhias de tal forma que a imaginação provê além da concretude possível.

Sou eu, desejando eu, performando eu, esperando eu.

Quem será objeto refletor é acaso, escolha e impossibilidade. Afinal, melhor sonhar e sublimar em dor e prazer que pôr-se à prova e experienciar o real da falta.

Seja meu, tão eu, que não vejo outro-você. 

Amém.

Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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