quinta-feira, 28 de março de 2013

A Morte do Valete de Ouros


As preces utópicas cessaram.
Sem súplicas, findou o amor.
Não há perda se ninguém procura.
Essa é a obviedade que rege o túmulo.



O lamento pelo feliz passado é substituído pelo alívio do presente liberto.
Não me atenho em grilhões de egoísmo alheio.

O desvínculo da unidade aconteceu em silêncio.


Estás morto, não me assombra, mas permaneces vagando tal zumbi.

Do que foi, a lápide me é o bastante para lembrar.
Seja isso, não passe disso.

terça-feira, 26 de março de 2013

... já que as palavras se perdem.



O coração perdeu o tom
A valsa desfaz-se
Da composição em tríade mal sobra o ritmo.

A boca seca por lamber feridas,
Dona de sorrisos tortos pelos infortúnios da vida,
Já não assovia tentando recuperar o passo,
Pois o ar se perde dentre os lábios rachados.

Da cor amarga que cerca
Da fonte venenosa que brota
Dos campos inférteis que sustentam
Renascerá.


domingo, 24 de março de 2013

antes de falar...



Com tantos caminhos cruzados,
Nessa vida de amores mal pagos,
Surgem sorrisos involuntários 
- Nada que fosse esperado.

Seja lá o que for,
Mas que seja.
Que persista.

A música que toca pode não ser ouvida
Mas será vivida, será comida -
Nova fonte de energia.

Desejo apenas que não seja resumo, prévia ou aborto.

Segundo o dicionário:

Devaneador, adj. e s. m. Que, ou aquele que devaneia; sonhador.

Devanear, v. tr. dir. Imaginar, fantasiar, sonhar; intr. delirar; dizer ou imaginar coisas sem nexo; desvairar; tr. ind. cuidar, pensar. (De de+lat. vanu.)

Devaneio, s. m. Ato de devanear; sonho; fantasia; delírio, divagação; quimera.
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